Vivemos na era digital, onde é possível
estar em diversos lugares ao mesmo tempo, conversar com diferentes pessoas
simultaneamente e fazer compras com apenas um clique, dentre outras façanhas
impensáveis em um passado não tão longínquo.
Atualmente tudo é muito rápido, prático e acessível.
Ao mesmo tempo em que as facilidades
tecnológicas nos ajudam a poupar tempo, nunca tivemos tão pouco tempo. Um
paradoxo. Diante desse cenário contemporâneo tão dinâmico e fugaz, torna-se um
desafio escolher uma profissão.
O universo ocupacional acompanha
naturalmente os contextos social, econômico e cultural nos quais estamos
inseridos e por isso também acaba sendo bastante vasto e dinâmico. Logo, o
universo ocupacional é um elemento que faz parte de um todo; que influencia e que
também é influenciado pelos contextos citados.
Por isso a intervenção em orientação
profissional hoje deve considerar os diferentes momentos de vida do sujeito que
interage em diversos contextos. A partir daí ele constrói seu caminho com base
em suas competências, – aquelas que ele já possui e também as que pretende
desenvolver - percepções e experiências. Esses aspectos devem ser considerados
ao definir seus objetivos de vida e de carreira.
Além disso também é importante valorizar a
subjetividade, ou seja, o caráter único do sujeito, priorizando sua história de
vida, suas crenças e seus valores. Portanto, a orientação profissional leva em
consideração algo maior do que apenas a escolha da profissão. Ela visa auxiliar
o sujeito em suas decisões para que elas sejam conscientes, trazendo à tona seus aspectos positivos e
negativos, os ganhos e as perdas; afinal tomar uma decisão implica em abrir mão
de alguma coisa em prol de outra que, naquele momento, nos parece mais
apropriada e nos atende melhor dentro do que buscamos.
Nesse sentido, a orientação profissional
também tem se adaptado às transições, considerando o desenvolvimento de
competências e atitudes que auxiliem o sujeito a adaptar-se às mudanças e
aproveitar as oportunidades que se configuram. Atualmente o que propomos é uma
mudança de perspectiva: devemos olhar para os problemas e enxergar
oportunidades.
Por fim, pensamos que a orientação
profissional deve ser entendida como uma orientação para a transição, abordando
a inclusão de todos os aspectos da vida do sujeito e alinhando-os com seus objetivos
pessoais e profissionais dentro do contexto e da sociedade em que ele vive.
Cada sujeito é um universo dentro de outro universo.

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