Popularmente a palavra “vício” refere-se à dependência de algo que
proporciona prazer imediato. O vício pode estar relacionado ao uso abusivo de substâncias
(álcool e outras drogas), ao consumo excessivo de alimentos (café, chocolate) e
até a ações (comprar, fazer sexo, jogar, trabalhar, ficar
conectado à internet). Como podemos então
distinguir um vício de um hábito?
Quando se trata de um hábito, a eliminação da fonte de prazer não
provoca danos ao sujeito nem prejudica seu cotidiano. Além disso, um hábito não
interfere negativamente nas demais atividades da vida do sujeito: trabalho,
estudo, família, amigos e lazer. Porém quando se trata de um vício, o sujeito
passa a ser dominado pelo prazer, fazendo com que precise cada vez mais e mais daquilo
que lhe faz sentir bem. Essa demanda inesgotável pela fonte de prazer imediato prejudica
sua vida pessoal e profissional.
O vício em geral mascara um ou mais problemas que o sujeito não
consegue enfrentar. A dificuldade de lidar com esses problemas passa a ser
compensada com algo que proporciona uma experiência agradável e imediata. Justamente
pelo fato da experiência ser agradável e aliviar rapidamente seu desconforto, o
sujeito não percebe que está sendo dominado. Desse modo, o viciado não admite –
ou demora muito a admitir – que perdeu as rédeas da situação. Quando isso
acontece, suas relações familiares e conjugais já estão destruídas e sua
carreira já está em risco ou até mesmo arruinada.
Portanto, fique atento aos seguintes sintomas:
- Perda da noção do tempo quando está envolvido na atividade relacionada ao vício;
- Dificuldade de concentração em tarefas alheias ao vício;
- Isolamento da família e dos amigos que não compartilham o vício;
- Dissimulação e mentiras;
- Prática de atos ilícitos para satisfazer o vício;
- Sentimento de culpa após ter praticado a atividade relacionada ao vício;
- Ansiedade quando está longe do objeto do vício;
- Depressão
Nenhum comentário:
Postar um comentário