terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dezembro é tempo de contagem regressiva


Dezembro é o mês em que costuma-se refletir sobre a vida e fazer uma retrospectiva do ano que está acabando. Também é a época em que as pessoas tentam resolver em um mês tudo aquilo que não resolveram em um ano. E se estressam porque percebem que não vão conseguir dar conta de tudo, é claro. Dezembro é mesmo um mês atípico. Cansativo. Mas será que tem que ser sempre assim? Que tal fazer com que esse fim de ano seja um pouco mais leve? 



Parte do ritual de passagem de uma etapa para outra, é a reorganização do espaço em que vivemos. Através de atos concretos como esvaziar caixas, arrumar gavetas e trocar os móveis de lugar, podemos reavaliar nossas vidas. É como se os objetos que guardamos ao longo do ano nos ajudassem a relembrar um pedacinho de nossas experiências.

Portanto, a reestruturação do espaço físico representa também uma reestruturação interna, ou seja, das nossas memórias e dos nossos sentimentos no decorrer do ano. É uma forma de exorcizar os fantasmas interiores e preparar-se para uma nova etapa de vida que virá com o ano que está por chegar. E você, já iniciou seu processo? 

Seguem algumas dicas para preparar-se para o ano novo da melhor maneira possível:


Liberte-se. Para renovar é preciso desapegar. Deixar ir embora. A energia precisa fluir; por isso, doe as roupas que já não servem mais. Jogue fora as que não podem mais ser aproveitadas por outras pessoas. Descarte sentimentos e objetos quebrados, papéis inúteis, revistas velhas e mágoas antigas. Mas não esqueça de reciclar! É preciso reciclar objetos e também as emoções. Esvazie seu peito, jogue seus sentimentos para fora e se sentir vontade, chore. Chore até não querer mais. Perdoe aqueles que te machucaram, pois o maior beneficiado será você mesmo. Tire o peso de cima de seus ombros e libere a energia negativa para que você sinta-se livre, renovado.  


Analise suas forças e fraquezas. Descreva suas qualidades e suas limitações segundo seu próprio ponto de vista, considerando os diversos setores de sua vida. Veja o que você pode fazer concretamente para reforçar seus pontos positivos e como você pode compensar e melhorar seus pontos fracos. Não sinta pena de si mesmo e encare as frustrações como um aprendizado, mas não seja cruel em sua autocrítica. Ela serve para ajudar a melhorar, não para punir.


Planeje. Estipule metas claras e realistas, sem cobrar-se em demasia. Coloque no papel aquilo que você terá que fazer para alcançar seus objetivos e não esqueça dos prazos! É importante estipular prazos para que você possa administrar suas ações de forma mais objetiva e eficiente. É através da ação que os sonhos tornam-se realidade; por isso, não deixe para depois. Encerre o ciclo e abra seu coração para as coisas boas que o ano vindouro te reserva.



Calma.  um passo de cada vez. Não adianta impor a si mesmo metas grandiosas, pois você pode ir ainda mais longe com metas simples e pequenas, desde que bem gerenciadas, objetivas e com foco no resultado. Reavalie suas metas periodicamente e reveja as atitudes que você está tomando para concretizar essas metas. Se sua estratégia não estiver funcionando, mude! Não tenha medo de mudar. As avaliações periódicas ajudam a diminuir o estresse do final do ano, uma vez que aos poucos fica mais fácil para você controlar e ajustar os planos estipulados no começo do ano. 


Receba o ano novo de braços abertos, com carinho e faça com que ele seja maravilhoso. Muitas das coisas que a gente atribui ao astral, aos planetas, ao destino, etc, depende de nós, das nossas atitudes, da nossa forma de encarar o mundo e de lidar com as adversidades. Às vezes não é nada fácil, mas acredite no seu potencial de mudar sua própria vida para melhor sem esperar que o destino ou os outros façam isso por você. 

Portanto, o que você está esperando? Tire seus sonhos do papel e mãos à obra! 

Dedico esse post a todos aqueles que acompanharam o blog Psicologia e Atualidades ao longo do ano. Vocês são minha maior inspiração. Tenham um 2014 com muita luz e atitude! 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Os limites da privacidade na era digital


Recentemente temos visto na mídia diversas notícias relacionadas ao tema da invasão da privacidade por meios digitais: espionagem em computadores e celulares de dirigentes políticos e até casos de exposição da intimidade de casais em redes sociais que foram parar na justiça. Quais seriam então os limites da preservação da intimidade na era digital? 


O homem comanda as tecnologias 


As tecnologias foram criadas pelo homem e funcionam como ferramentas destinadas a realizar tarefas por ele determinadas. Desse modo, a intenção do sujeito é que vai nortear a forma como ele vai usar a tecnologia. O aparato tecnológico representa apenas o meio através do qual homem concretiza sua ação. 

Logo, há quem use as tecnologias para o bem; porém há quem as utilize de má-fé, com intenção de prejudicar o outro e destruir suas relações em todos os setores da vida: afetivo, familiar, social e profissional. 


O papel da família na orientação dos jovens


Ter acesso à tecnologia é bom; porém deve-se tomar alguns cuidados a fim de evitar a exposição da vida privada, sobretudo em redes sociais, tão em moda atualmente. Esse cuidado deve ser redobrado no caso de crianças e adolescentes, que já nascem naturalmente imersos na cultura digital. 



Porém isso não significa que a família deva proibir os jovens de ter acesso às tecnologias, mas que deva acompanhar e participar da vida digital de crianças e adolescentes, orientando-os sobre a forma mais adequada de aproveitar o que as tecnologias têm de melhor. Isso ajuda a diminuir a vulnerabilidade dos jovens diante de pessoas mal-intencionadas na rede, como pedófilos, por exemplo. Esses indivíduos aproveitam-se da ingenuidade dos jovens para praticar crimes cujos efeitos deixam marcas terríveis na vida da criança e de toda a família para sempre. Portanto, tenha interesse também pela vida digital de seu filho. Esteja presente e participe.

A contribuição da escola


A escola também possui um papel importante, reforçando a orientação dada pelos pais em casa e adequando seus alunos às novas demandas da era digital. Essa ações auxiliam a conscientizar o jovem acerca do uso responsável das tecnologias, ajudando a prevenir o cyberbullying, dentre outros benefícios. A ética no uso de dispositivos conectados deve ser ensinada desde cedo, e quem quer ser respeitado deve antes aprender a respeitar o outro. Vale ressaltar que a escola não substitui a orientação dada pelos pais em casa, ela a complementa.

Entre 4 paredes: casais e a privacidade


E por falar em respeito, casais devem ter cuidado redobrado com o que postam na internet, principalmente se o conteúdo estiver relacionado a momentos íntimos. Essa semana um caso ocorrido em Goiânia ganhou grande repercussão na mídia: uma moça de 19 anos teve um vídeo íntimo, no qual aparecia fazendo o sinal de OK, postado na internet por seu parceiro. O rapaz enviou o vídeo a seus amigos através do aplicativo WhatsApp, que foi rapidamente espalhado, fazendo com que a moça virasse motivo de piada na rede. O gesto de Ok feito por ela durante o ato sexual virou alvo de montagens e memes, e a moça teve sua imagem destruída. O rapaz deverá ser indiciado por difamação com base na Lei Maria da Penha


Por esse e muitos outros casos é que casais devem evitar expor a vida íntima na rede. Muitas vezes o excesso de confiança e ingenuidade tornam a pessoa vulnerável a esse tipo de exposição. Nesse caso, a melhor medida é a prevenção. Cada um deve procurar zelar pela própria imagem e pela imagem do parceiro, além de cuidar para que a intimidade do casal seja preservada. O respeito e a consideração pelo outro, mesmo que a relação seja passageira, devem ser mantidos.

Conscientização


Para terminar, deve-se ter cuidado com a ilusão de estar entre quatro paredes ou apenas entre um grupo seleto amigos quando se posta algo na internet. Apesar dos filtros de controle de privacidade, é como se a pessoa deixasse de ser dona do conteúdo compartilhado. É como se a postagem se tornasse um outdoor visível em qualquer parte do mundo com uma velocidade impressionante.

Informação, orientação, respeito e prevenção são fundamentais para evitar danos muitas vezes irreversíveis.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Fobias: você tem medo de quê?


Você alguma vez já passou por uma situação em que sentiu um medo descontrolado? Já entrou em um elevador todo de vidro, daqueles que dá para ver o chão se distanciando à medida em que chega ao andar desejado? O que você sentiu e o que fez? Passou a evitar entrar novamente no elevador, preferindo subir incontáveis lances de escada? Entenda melhor esse comportamento.

O que é uma fobia?

Também conhecida como fobia específica, é um medo intenso que se repete toda vez em que o sujeito é exposto a algum objeto, animal ou situação. Esse contato provoca forte ansiedade e sensação de mal-estar.

A reação da pessoa com fobia é muito maior do que a ameaça real que uma determinada coisa ou situação poderia causar. 

Quando o objeto fóbico é afastado, a ansiedade passa. Isso faz com que a pessoa passe a evitar o objeto ou a situação que dispara a fobia.

Quais são as causas da fobia?

Em geral não existe um motivo lógico e concreto que explique a causa de uma fobia. Também não há histórico de trauma relacionado ao objeto ou situação fóbica no passado. Nesse caso, estaríamos falando de transtorno de estresse pós-traumático, e não de fobia. Trata-se, portanto, de um medo irracional, sem um motivo claro que o explique.

Quais são os desencadeadores mais comuns de fobias?

Barata, aranha, lesma, aves, cachorro, sangue, mar, tempestades, trovões, altura, elevador e avião.

Como saber se devo procurar um psicólogo?

Quando a fobia interferir em sua vida, atrapalhando sua rotina, seu trabalho e seus relacionamentos.

Exemplo: 

Um executivo, cujo trabalho demande frequentes viagens de avião. A companhia aérea TAP, por exemplo, oferece o programa terapêutico Ganhar Asas, destinado a combater o medo de voar. 

Entretanto, vale lembrar que a maioria das fobias não prejudica o cotidiano das pessoas.

Como funciona a psicoterapia?

Há várias abordagens e técnicas para tratar fobias. Dentre elas, a terapia congnitivo-comportamental costuma ser bastante eficaz. 

A seguir veja alguns exemplos de estratégias utilizadas durante a terapia:

  • Técnicas de relaxamento e respiração – servem para treinar a pessoa a controlar sua ansiedade por meio da respiração e ensiná-la a relaxar a musculatura corporal.

  • Exercícios de visualização mental da situação causadora da fobia e substituição, aos poucos, por sensações de relaxamento e tranquilidade.

  • Exposição gradual, na vida real, à situação que deflagra a fobia até que a pessoa aprenda a controlar, sozinha, seu medo e suas reações.


Em alguns casos, o tratamento psicológico pode ser combinado com medicamentos para diminuir a ansiedade.

Esses medicamentos ajudam a aliviar os sintomas, permitindo que o sujeito não abandone a terapia e obtenha resultados mais eficazes.

Concluindo, é importante lembrar que o médico psiquiatra é o profissional que deve ser consultado para avaliar e, caso seja necessário, prescrever o medicamento adequado.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A ética nos processos seletivos


Quando uma empresa busca um talento no mercado de trabalho para preencher determinada vaga, geralmente conta com o setor de recursos humanos da própria empresa ou recorre à contratação dos serviços de uma empresa especializada para selecionar um profissional cujo perfil esteja de acordo com a vaga disponível. A partir daí inicia-se o processo de recrutamento e seleção.

O recrutamento pode ser realizado através de contatos com o mercado interno, com a própria empresa ou com o mercado externo. As fontes de contato podem contemplar a intranet, os quadros de aviso, os anúncios na imprensa e a internet, através de redes sociais especializadas como o LinkedIn, por exemplo. Terminado o processo de recrutamento dos candidatos com o perfil desejado, inicia-se a seleção.

A seleção é feita com base em ferramentas específicas de avaliação, como entrevistas, dinâmicas de grupo, e testes específicos, por exemplo. Essas ferramentas são recursos que servirão de guia para a seleção do candidato que melhor se adequar à vaga ofertada. Vale ressaltar que a escolha final do candidato compete à empresa solicitante, ou seja, é ela quem vai decidir se deseja ou não trabalhar com o candidato selecionado.

O processo de recrutamento e seleção será consolidado ao integrar três dimensões, a saber:

  • Características individuais do candidato – competências, expectativas, desejo de pertencer à organização e projeto de vida;

  • Características do trabalho – natureza do trabalho a ser executado segundo a vaga ofertada;

  • Características da situação do trabalho – refere-se aos valores da empresa, à sua missão, cultura, política, ambiente, remuneração, localização, plano de capacitação, etc.

Um processo de recrutamento e seleção eficaz não termina com a identificação e contratação de um talento. Ele visa a permanência desse profissional adaptado à cultura organizacional, motivado e comprometido com os resultados da empresa.

Para tanto, o selecionador precisa estar atento às tendências mundiais de mercado, além de saber lidar com a diversidade, ser um bom ouvinte e ter a sensibilidade para ver o mundo através da perspectiva do outro. O bom selecionador precisa, acima de tudo, gostar de lidar com pessoas, pois deve saber ouvir, perguntar e interessar-se pelo outro de forma genuína, e não superficialmente. 
É importante considerar que a pessoa que busca uma colocação no mercado de trabalho é um profissional que visa contribuir potencialmente com a empresa para a qual se candidata, através de seu conhecimento técnico e sua experiência profissional. Dessa forma, devemos jogar por terra a ideia pré-concebida de que o candidato é um pobre desempregado que implora por uma oportunidade. A quebra desse paradigma remodela a forma como o candidato deve ser visto tanto pelos recrutadores quanto pelo mercado de trabalho propriamente dito.
O selecionador dever ter em mente que o profissional que busca colocação no mercado é, acima de tudo, um ser humano. E como todo ser humano, ele possui expectativas, receios e senso de responsabilidade tanto em relação à sua própria família quanto em relação à sociedade. Mediante isso, a abordagem deve ser respeitosa e humanizada, até porque qualquer um de nós um dia pode estar na posição de buscar por uma recolocação no mercado de trabalho. Essa situação pode remeter o sujeito aos mais diversos sentimentos, como o de rejeição e baixa autoestima; daí a necessidade de uma abordagem respeitosa e humanizada sem, no entanto, perder o foco e o propósito da seleção.
Quando a seleção é realizada por um psicólogo, ele pode utilizar ferramentas de uso exclusivo desse profissional, como testes psicológicos, por exemplo. Devem ser evitadas perguntas de foro íntimo e que fujam ao propósito da entrevista. O respeito à privacidade é uma questão ética fundamental. Ao término do processo, o psicólogo apresenta suas conclusões através da devolutiva. A devolutiva é o parecer final do avaliador com relação ao processo seletivo como um todo, ou seja, é a interpretação da coleta de dados realizada através de métodos, instrumentos e técnicas de avaliação. Ela pode ser feita verbalmente ou por escrito.
É possível que ao final do processo seletivo, o candidato peça para ter acesso ao resultado de sua avaliação, independentemente de ter sido escolhido ou não para preencher a vaga. O Código de Ética do Psicólogo prevê que é dever do psicólogo fazer a devolutiva, ou seja, apresentar ao candidato o resultado de sua própria avaliação caso ele a solicite.
Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos:

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;

Quando a informação sobre o candidato for solicitada pela empresa contratante, cabe ao psicólogo informar exclusivamente elementos relacionados ao propósito da contratação, preservando dados de foro íntimo que tenham sido identificados na avaliação, mas que não competem à empresa contratante. A privacidade do candidato deve ser preservada acima de tudo.

Por fim, a ética e o respeito pelo candidato nos processos de recrutamento e seleção são fundamentais e dizem muito sobre a idoneidade das empresas contratantes. Não apenas a empresa avalia os candidatos, mas os candidatos também avaliam a empresa. Empresas que realizam processos seletivos longos, cansativos, sem objetividade e que não dão feedback ao candidato, devem ser questionadas se são, de fato, o melhor lugar para se trabalhar. O candidato deve ser tratado com respeito, profissionalismo e transparência, além de ser visto como um potencial talento que irá contribuir para o crescimento da organização como um todo.

sábado, 12 de outubro de 2013


Valorize a qualidade e não a quantidade de tempo que você dedica a seu filho. Esteja presente por inteiro, não pela metade. Feliz Dia da Criança!

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Como lidar com o estresse nosso de cada dia?




Congestionamentos, contas a pagar, chefe difícil, discussões de relacionamento com o parceiro (a), bebê chorando, ônibus lotado, filas intermináveis no banco, no supermercado e até na porta do cinema. É inevitável lidar com situações estressantes no cotidiano. Às vezes dá vontade de sair correndo e simplesmente desaparecer. Como sabemos, essa seria uma solução fantasiosa, improvável e ineficaz, pois tensões podem aparecer onde quer você esteja. O que fazer então para lidar com aquele dia de fúria?

O estresse não existe por acaso. Trata-se de um mecanismo de defesa natural desenvolvido pelos nossos ancestrais, em tempos remotos, com a finalidade de evitar ameaças e ataques de predadores. Ao identificar situações de perigo iminente o corpo, em busca de autopreservação, reage automaticamente preparando-se para lutar ou fugir. Nessa hora algumas reações físicas podem ser identificadas:

  • Aumento dos batimentos cardíacos
  • Respiração ofegante
  • Dilatação das pupilas
  • Tensão muscular
  • Sudorese
  • Sensação de formigamento 

Nos dias de hoje a probabilidade de ser devorado por um predador é bastante remota. Porém, em nosso cotidiano estamos expostos a outros tipos de ameaça que também podem comprometer nossa saúde e integridade. Quando o estado de estresse torna-se constante ocorre um esgotamento do organismo, já que o mesmo não foi feito para ficar em permanente estado de alerta. Essa tensão constante é chamada de estresse crônico e favorece o aparecimento de diversas doenças.

O estresse crônico interfere negativamente sobre o corpo e a mente e quanto maior for o tempo de exposição a ele, piores serão seus efeitos. Mas então como podemos identificar esses efeitos negativos? 

O estresse crônico pode causar:

  • Dificuldade de concentração
  • Insônia
  • Cansaço constante
  • Tensão muscular
  • Desânimo
  • Irritabilidade
  • Ataques de fúria por pequenos motivos
  • Dores de cabeça
  • Propensão ao fumo, álcool e outras drogas
  • Queda da imunidade
  • Problemas gastrointestinais (gastrite)

Vale acrescentar que o uso do cigarro, do álcool e outras drogas para aliviar a tensão pode ser catastrófico. Além de comprometer a saúde aumentando o risco de doenças, as drogas possuem efeito paliativo temporário, pois terminada sua ação, a busca pela renovação da sensação de bem-estar eleva ainda mais os níveis de estresse. Nessas circunstâncias, o manejo do estresse torna-se ainda mais difícil.

Portanto fique atento, pois o sinal de alerta aparece quando o estresse começa a afetar as atividades diárias, atrapalhando o curso normal da vida. Além disso, a pessoa estressada tende a ver os desafios do cotidiano como sendo piores do que na realidade são. Isso faz com que tenha reações exacerbadas e se indisponha com os outros com maior facilidade. Por isso é comum testemunharmos brigas no trânsito, em filas e em outras situações naturalmente estressantes da vida.



O que fazer então para lidar com o estresse? Antes de mais nada é preciso aceitá-lo. Como vimos inicialmente, o estresse é um mecanismo natural de autodefesa do nosso organismo, de modo que não podemos – e não devemos – eliminá-lo completamente. Por outro lado, podemos manejá-lo para que possamos conviver com ele em níveis mais ajustados.

Primeiramente cuide de sua saúde, procurando um médico para fazer exame de check-up anual. Além disso busque um estilo de vida mais saudável, começando pela alimentação. Alimentar-se bem não significa torturar-se abolindo tudo que é gostoso – até porque isso gera ainda mais estresse – mas procurar equilíbrio. A orientação de um profissional qualificado, como o nutricionista, pode ser de grande valia. 

Outra dica importante é começar o dia organizando sua agenda. Liste as tarefas, ordenando-as de acordo com as prioridades. Vá riscando os itens conforme for concluindo as etapas. Aprenda a delegar tarefas e não hesite em eliminar aquelas que não são absolutamente essenciais. A organização faz com que seu trabalho renda mais e apresente melhores resultados.



Procure identificar as situações causadoras de estresse. Quando sentir-se estressado, escreva o que desencadeou, seus pensamentos na hora e seus sentimentos em relação a isso. Uma vez identificada a causa, escreva o que você poderia ter feito para evitar ou minimizar o gatilho do estresse. Ter clareza do que te deixa estressado é crucial para desenvolver uma estratégia eficaz para a solução do problema. Peça ajuda quando julgar necessário. 

Quando você ficar com muita raiva, seja no trabalho, com seu filho ou com estranhos, o melhor a fazer é afastar-se. Respire fundo, beba água, molhe o rosto, alongue o corpo e só retorne quando estiver mais calmo. Evite agir por impulso, de maneira impensada. Grandes conflitos e até mesmo tragédias podem ser evitadas dessa forma.

Tenha um hobby, ou seja, uma ocupação que te distraia e ajude a relaxar. Jogar bola com os amigos, costurar, plantar, pintar quadros, cozinhar, ler, meditar, brincar com um animal de estimação, dedicar-se a uma causa, etc. Escolha a sua.


Pratique uma atividade física que lhe dê prazer. Não adianta ir para a academia como se fosse um boi indo para o matadouro. Encontre uma atividade da qual goste: dança, esportes, yoga, pilates, etc. Há muitas opções e uma delas certamente terá seu estilo.


Essas são apenas algumas sugestões para viver em um mundo estressante sem, no entanto, sucumbir às demandas do cotidiano. Desenvolva suas próprias estratégias, pois você é capaz. Olhe para dentro de si mesmo, procure o que faz com que você sinta-se bem e pratique! Não dá para evitar o estresse, mas é possível lidar com ele de maneira inteligente e produtiva.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dependência afetiva nas relações conjugais


É fácil confundir amor próprio com egoísmo. Às vezes a pessoa que demonstra gostar de si mesma pode ser mal-interpretada pela sociedade e até discriminada, passando por narcisista e egocêntrica. Quando trata-se de relacionamentos conjugais, esse equívoco pode levar à crença de que uma boa relação é aquela em que o casal se mistura de tal maneira que se forma um todo indivisível.

Porém, muitos relacionamentos fracassam exatamente por causa da dependência afetiva construída na relação quando o casal, ao invés de perceber-se como dois indivíduos unidos em uma relação, torna-se uma unidade simbiótica.

Pessoas que vinculam-se ao parceiro ou parceira de maneira simbiótica, tendem a possuir Personalidade Dependente. Em resumo, apresentam as seguintes características :

  • Tendência a transferir a responsabilidade para o outro;
  • Medo de ser abandonado;
  • Percepção de si mesmo como sendo fraco e incompetente;
  • Submissão;
  • Dificuldade de discordar dos outros;
  • Permitem que outras pessoas tomem decisões em seu lugar;
  • Fazem qualquer coisa para obter carinho e aceitação.

Em uma relação simbiótica, ambas as partes saem perdendo: o dependente, por não conseguir seguir sua vida adiante de maneira autônoma; o cuidador, por carregar o fardo da responsabilidade pela felicidade e bem-estar do parceiro. No final das contas ninguém fica feliz e a relação muitas vezes se retroalimenta através da acomodação, gerando um círculo vicioso.

É nesse cenário que se propõe a substituição da ideia de fusão afetiva pela ideia de fissão afetiva, ou seja, pela estimulação da autonomia entre os cônjuges. Isso não significa que o casamento tenha que acabar, e sim que é possível - e desejável - viver livre em parceria. Para isso é preciso reestruturar a forma de enxergar o mundo, já que as pessoas costumam acomodar-se por medo do novo, do desconhecido. Estar aberto a mudanças significa permitir a si mesmo novas experiências de vida e novas maneiras de lidar com o parceiro sem depender dele (a) afetivamente. Erros e acertos fazem parte da vida.

A pessoa dependente deve dar a chance de mostrar a si mesma que é capaz de pequenas realizações, dia após dia, de maneira particular, autônoma e bem-sucedida. Para isso, deve colocar-se em situações desafiadoras de maneira gradativa. Assim ela poderá, aos poucos, comemorar pequenos feitos e mostrar a si mesma – e ao outro também – que é possível ser feliz sem que o parceiro (a) seja uma condição fundamental para isso.

No final, a pessoa pode surpreender a si mesma ao dar-se conta de que possui uma grande capacidade de superação. Essa constatação gera muita alegria e sentimento de realização pessoal.

Na relação conjugal saudável, ao invés de se misturar, o casal deve contribuir para que o parceiro possa tornar-se um indivíduo melhor e mais feliz em sua singularidade. Com vontade, dedicação e uma boa dose de coragem é possível harmonizar o “eu” e o “nós” sem que, para isso, seja preciso estar só. Não é nada fácil, mas vale a pena tentar.