Congestionamentos, contas a pagar, chefe
difícil, discussões de relacionamento com o parceiro (a), bebê chorando, ônibus
lotado, filas intermináveis no banco, no supermercado e até na porta do cinema.
É inevitável lidar com situações estressantes no cotidiano. Às vezes dá vontade
de sair correndo e simplesmente desaparecer. Como sabemos, essa seria uma
solução fantasiosa, improvável e ineficaz, pois tensões podem aparecer onde
quer você esteja. O que fazer então para lidar com aquele dia de fúria?
O estresse não existe por acaso. Trata-se de um
mecanismo de defesa natural desenvolvido pelos nossos ancestrais, em tempos
remotos, com a finalidade de evitar ameaças e ataques de predadores. Ao identificar
situações de perigo iminente o corpo, em busca de autopreservação, reage automaticamente
preparando-se para lutar ou fugir. Nessa hora algumas reações físicas podem ser
identificadas:
- Aumento dos batimentos cardíacos
- Respiração ofegante
- Dilatação das pupilas
- Tensão muscular
- Sudorese
- Sensação de formigamento
Nos dias de hoje a probabilidade de ser
devorado por um predador é bastante remota. Porém, em nosso cotidiano estamos
expostos a outros tipos de ameaça que também podem comprometer nossa saúde e
integridade. Quando o estado de estresse torna-se
constante ocorre um esgotamento do organismo, já que o mesmo não foi feito para
ficar em permanente estado de alerta. Essa tensão constante é chamada de
estresse crônico e favorece o aparecimento de diversas doenças.
O estresse crônico interfere negativamente sobre
o corpo e a mente e quanto maior for o tempo de exposição a ele,
piores serão seus efeitos. Mas então como podemos identificar esses efeitos
negativos?
O estresse crônico pode causar:
- Dificuldade de concentração
- Insônia
- Cansaço constante
- Tensão muscular
- Desânimo
- Irritabilidade
- Ataques de fúria por pequenos motivos
- Dores de cabeça
- Propensão ao fumo, álcool e outras drogas
- Queda da imunidade
- Problemas gastrointestinais (gastrite)
Vale acrescentar que o uso do cigarro, do
álcool e outras drogas para aliviar a tensão pode ser catastrófico. Além de
comprometer a saúde aumentando o risco de doenças, as drogas possuem efeito
paliativo temporário, pois terminada sua ação, a busca pela renovação da sensação
de bem-estar eleva ainda mais os níveis de estresse. Nessas circunstâncias, o
manejo do estresse torna-se ainda mais difícil.
Portanto fique atento, pois o sinal de alerta aparece quando o estresse começa a afetar as atividades diárias, atrapalhando
o curso normal da vida. Além disso, a pessoa estressada tende a ver
os desafios do cotidiano como sendo piores do que na realidade são. Isso faz
com que tenha reações exacerbadas e se indisponha com os outros com maior
facilidade. Por isso é comum testemunharmos brigas no trânsito, em filas
e em outras situações naturalmente estressantes da vida.
O que fazer então para lidar com o estresse? Antes
de mais nada é preciso aceitá-lo. Como vimos inicialmente, o estresse é um
mecanismo natural de autodefesa do nosso organismo, de modo que não podemos – e
não devemos – eliminá-lo completamente. Por outro lado, podemos manejá-lo para
que possamos conviver com ele em níveis mais ajustados.
Primeiramente cuide de sua saúde,
procurando um médico para fazer exame de check-up anual. Além disso busque um estilo de vida mais saudável, começando pela alimentação.
Alimentar-se bem não significa torturar-se abolindo tudo que é gostoso – até
porque isso gera ainda mais estresse – mas procurar equilíbrio. A orientação de um profissional
qualificado, como o nutricionista, pode ser de grande valia.
Outra dica importante é começar o dia organizando sua agenda. Liste as
tarefas, ordenando-as de acordo com as prioridades. Vá riscando os itens
conforme for concluindo as etapas. Aprenda a delegar tarefas e não hesite em
eliminar aquelas que não são absolutamente essenciais. A organização faz com que seu trabalho renda mais e apresente melhores resultados.
Procure identificar as situações causadoras de
estresse. Quando sentir-se estressado, escreva o que desencadeou, seus
pensamentos na hora e seus sentimentos em relação a isso. Uma vez identificada
a causa, escreva o que você poderia ter feito para evitar ou minimizar o
gatilho do estresse. Ter clareza do que te deixa estressado é crucial para desenvolver uma estratégia eficaz para a solução do problema. Peça ajuda quando julgar necessário.
Quando você ficar com muita raiva, seja no trabalho,
com seu filho ou com estranhos, o melhor a fazer é afastar-se. Respire fundo, beba água, molhe o rosto, alongue o corpo e só retorne quando estiver mais calmo. Evite agir
por impulso, de maneira impensada. Grandes conflitos e até mesmo tragédias
podem ser evitadas dessa forma.
Tenha um hobby, ou seja, uma ocupação que te distraia e ajude a relaxar. Jogar bola com os amigos, costurar, plantar, pintar quadros, cozinhar, ler, meditar, brincar com um animal de estimação, dedicar-se a uma causa, etc. Escolha a sua.
Tenha um hobby, ou seja, uma ocupação que te distraia e ajude a relaxar. Jogar bola com os amigos, costurar, plantar, pintar quadros, cozinhar, ler, meditar, brincar com um animal de estimação, dedicar-se a uma causa, etc. Escolha a sua.
Pratique uma atividade física que lhe
dê prazer. Não adianta ir para a academia como se fosse um boi indo para o
matadouro. Encontre uma atividade da qual goste: dança, esportes, yoga, pilates,
etc. Há muitas opções e uma delas certamente terá seu estilo.
Essas são apenas algumas sugestões para viver em um mundo estressante sem, no entanto, sucumbir às
demandas do cotidiano. Desenvolva suas próprias estratégias, pois você é capaz. Olhe para dentro de si mesmo, procure o que faz com que você sinta-se bem e pratique! Não dá para evitar o estresse, mas é possível lidar com ele de maneira inteligente e produtiva.
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